quarta-feira, 19 de março de 2014

Extinção

Choveu
Tem uns que, quando chove, muito sofre por tudo molhar
Estes são donos de olhar para o céu e reclamar
Choram até
Fazem careta
Choveu, choveu
Agora faz sol
Tem uns que, quando faz sol, sofre um tanto por muito queimar
Essa gente nem sai de casa
Fecha a janela
Fecha a cara
E no fim das contas quem é feliz?
Se tanto a chuva quanto o sol não tem fim
Tem gente que dança na chuva
Se banha em suas águas
E se banha no mar em dias de sol
Dessa gente o mundo é vazio
Vazio de gente que se enche de vida 

terça-feira, 11 de março de 2014

A mar






Por mim, passaria a vida a observar o mar e seu espetáculo de ondas dançantes. Se pudesse escolher, escolheria o mar para ser meu par, e com ele dançaria por toda sua infinitude. Diante de meus olhos sua transparência me fascina, me encanta. Se o mar fosse alguém, seria alguém para se amar. Ele é canção, é beleza, é vida. Me presenteia com a lua e as estrelas. Tudo de mais belo que há se une ali. Há quem diga que teme o mar, há quem diga que teme amar, por mim, passaria a vida amando o mar, amando à beira do mar, porque o mar, mesmo sem ser alguém, ele é para se amar. 

sexta-feira, 7 de março de 2014

Sonhos bons






Ela respirou fundo e abriu os olhos. Havia um cheiro bom, uma vista bonita e um jeito de sonho. De dia o sol lhe queimava a pele enquanto um vento agradável lhe balançava os cabelos, a noite as estrelas conversavam entre si e a lua observadora sorria ao ouvir suas histórias. O frio era intenso, mas a sensação lhe agradava, sentia a mente livre, o corpo leve. Tudo combinava perfeitamente, era como se a natureza se encarregasse de tudo e ela apenas sentia, observava e vivia. Uma mistura perfeita de sensações, cheiros, luz neon.  Então de repente o sol se tornou incomodo e não havia mais vento, cada sensação se tornou memória e apenas, nada mais de vista nada mais de cheiro. Então ela deitou, fechou os olhos e se foi, foi buscar na memória algum sonho bom.